Qual é a melhor maneira de identificar e desenvolver talentos? Na 19ª live da Companhia de Estágios, transmitida na segunda-feira (16/11), nós convidamos Ana Marconi, RHBP manager da Danone, para responder essa e outras perguntas.
Com experiência em consultorias e grandes empresas, a executiva mostrou táticas e compartilhou ações da multinacional francesa para ter times alinhados e de alta performance. “Partimos do princípio que nem todo profissional chega pronto para o cargo, ainda mais neste contexto acelerado que estamos vivendo”, diz.
De acordo com ela, mesmo diante de tantas mudanças, é essencial seguir desenvolvendo as pessoas. “Além de treinamentos e processos de inovação, fazemos isso on the job, estimulando os funcionários por meio de tarefas desafiadoras e situações que desenvolvam as competências que esperamos.” Para isso, é preciso estar o tempo todo de olho nos times, fazendo análises constantes de projetos e profissionais.
Assiste ao vídeo na íntegra:
Protagonismo
Ainda sobre desenvolvimento, Ana pontuou que 50% do sucesso (ou mais) é responsabilidade do trabalhador. “Damos as condições, mas ele precisa ter protagonismo para identificar o que faz mais sentido para ele, se experiência on the job, treinamento, projetos.”
Já sobre carreira, a gerente de RH fez questão de frisar que sucesso não é apenas se tornar líder. “Há inúmeros caminhos possíveis. E nenhum deles é melhor ou pior. Por isso, é tão importante o processo de autoconhecimento.”
Ana também pontuou sobre a importância de pensar sobre a definição de talento. Segundo ela, o conceito na Danone passa por três aspectos: competência, comprometimento e contribuição. “O primeiro é se a pessoa tem as habilidades necessárias para a vaga; o segundo faz referência à capacidade de conexão com a empresa; e o terceiro é sobre o sentido que o profissional encontra naquilo que faz. A combinação dessas três coisas define talento.”
Desafios
Questionada sobre quais ela acredita que serão os pontos críticos para a área de recursos humanos no futuro, Ana acredita que o principal deles será a transformação digital acelerada pela pandemia. “Os modelos de trabalho estão cada vez menos engessados, com demandas multifuncionais e pessoas trabalhando por projetos. O RH precisa estar preparado para acompanhar essas mudanças pensando como criar trilhas de carreira e estímulos que façam sentido nesses novos contextos.”
Durante a conversa, a executiva tirou dúvidas da audiência e fez uma série de esclarecimentos, explicando, por exemplo, qual é a função de um PB (business partner). “O BP promove um alinhamento entre as áreas de negócio e de recursos humanos. Próximo da implementação da estratégia, ajuda todos a remarem para o mesmo lado, conectando pessoas e objetivos do negócio.”
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Sobre employer branding, uma de suas áreas de atuação, Ana foi categórica. “Minha primeira dica é ouvir quem está na empresa. São essas pessoas que vão trazer informações, mostrar quais são as fortalezas e os pontos de oportunidade da companhia”, diz. “A outra é seja: transparente. Se você criar uma imagem de zero defeitos, vai atrair um monte de gente que acredita em Papai Noel”, brincou.
A HRBP manager da Danone também compartilhou como o RH da multinacional francesa vem lidando com os desafios da Covid-19. “Tínhamos dois times para gerenciar, um presencial e outro remoto. Nossas preocupações com as equipes que estavam em casa eram se elas tinham equipamentos e condições de trabalho para entregar suas tarefas sem prejuízo; já no campo precisamos focar na proteção para que as pessoas pudessem trabalhar com a saúde priorizada e sem risco de contaminação.”
Assista à conversa na íntegra em nosso canal do YouTube.
